Direitos Humanos

Um seminário para debater saúde e cidadania de pessoas trans

Evento realizado segunda e terça, em Pelotas, marcará o Dia Nacional da Visibilidade Trans

A luta é contra a opressão. O movimento é para romper com a invisibilidade. A bandeira possui as cores vivas da resistência. Durante dois dias, Pelotas irá receber o Seminário Saúde e Cidadania de Pessoas Trans, aberto à comunidade em geral. Para encerrar o evento, na noite de terça-feira (28), haverá o lançamento do livro Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs, que reúne relatos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais submetidos a tratamentos de tentativa de reversão de orientação sexual ou de identidade de gênero no Brasil. Cem exemplares serão distribuídos gratuitamente.

As reflexões, em formato de mesas-redondas, ajudam a marcar o Dia Nacional da Visibilidade Trans celebrado na quarta-feira, 29. A expectativa é de que moradores de diferentes cidades da Zona Sul participem do Seminário. Entre os convidados, além de nomes de Pelotas, destaque a ativistas, pesquisadores e performers de municípios como Rio Grande, Bagé, Porto Alegre e São Borja.

"Queremos mostrar que o problema não está em quem essas pessoas são ou como elas se relacionam. O problema está em como isto é recebido na sociedade", afirma uma das organizadoras do evento, a psicóloga Priscila Lautensthläger, ao se referir à importância da escuta sem julgamentos. Um processo que - longe do divã - passa por acesso à informação e combate a todo e qualquer tipo de preconceito e discriminação. "A gente tenta fazer com que essas pessoas tenham armas para sobreviver com saúde mental dentro dessa sociedade que faz estas coisas lamentáveis que a gente vê aí todo o dia", complementa a psicóloga, ao preocupar-se com a onda de retrocessos e o conservadorismo em alta.

Em coro pela não violência
As pautas não irão se restringir à saúde e à cidadania. Garantia e luta por direitos e políticas voltadas ao público LGBT também entram em debate. O seminário ainda contará com leitura de narrativas do livro Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs e com performances artísticas de Cassie Borderline e do Coletivo Ruidosa Alma.

Será uma oportunidade de tirar do papel e escancarar histórias marcadas por perda de vínculo com familiares, sentimento de culpa, medo da rejeição, internalização do preconceito, tentativa de suicídio ou uso de álcool e outras drogas. A publicação é resultado de trabalho das Comissões de Direitos Humanos do Sistema Conselhos de Psicologia.

* Participe!
- O quê: Seminário Saúde e Cidadania de Pessoas Trans
- Quando: Segunda-feira (27), das 14h às 21h, e terça (28), das 9h às 21h
- Onde: Auditório da Faculdade de Medicina (Famed/UFPel), na avenida Duque de Caxias, 250
- Inscrições gratuitas: No site do Conselho Regional de Psicologia do Rio Grande do Sul - www.crprs.org.br
- Organização: O evento é promovido pelo Núcleo de Gênero, Raça e Sexualidade do Conselho Regional de Psicologia, em parceria com o Grupo de Pesquisa Sexualidade e Escola da Universidade Federal do Rio Grande (Gese/Furg), Núcleo de Estudos e Pesquisas É'LÉÉKO da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Coletivo Juntos LGBT, Grupo pela Educação, Saúde e Cidadania (Gesto) e Sinasefe

* Conheça os convidados 
- Maria Regina da Conceição Moraes: acadêmica do curso de Pedagogia da Furg e presidenta da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros de Rio Grande, filiada à Rede Trans Brasil.
- Aline Ramos: Estudante de Psicologia da UFPel, ativista e militante das causas LGBTIs.
- Sá Pretto: Performer que atua na cena independente de Pelotas, com experimentos em manifestações artísticas, como teatro, música, audiovisual e dança. É integrante dos Coletivos Ruidosa Alma e Artêmista.
- Rui Carlo (El Roído): Também é performer na cena independente de Pelotas e compõe os Coletivos Ruidosa Alma e Artêmista
- Felipe Marques Motta: Técnico Administrativo Hospitalar, é estudante de Pedagogia do IFSul e militante nos Coletivos Juntos e Homens Negros Trans em Diáspora.
- Phelipe Caetano da Silva: Acadêmico de Engenharia Metalúrgica da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), roteirista e estudante de Audiovisual. É militante do Coletivo Homens Negros Trans em Diáspora.
- Jô Rocha: Mulher negra trans, é ativista do Núcleo de Gênero e Diversidade (Nugen/UFPel) e conselheira municipal de Direitos da Cidadania LGBT de Pelotas.
- Noah Scheffel: Homem trans, é fundador do projeto EducaTRANSforma, focado em capacitar e inserir no mercado de Tecnologia pessoas transgênero, além de acompanhar e atender suas necessidades sociais. É pós-graduando em Governança de TI e em Políticas e Gestão de Serviço Social.
- Eric Seger: Formado em Educação Física pela UFRGS, é mestrando em Educação. É um dos fundadores do coletivo Homens Trans em Ação.
- Lins Roballo: Mulher negra e trans, é assistente social formada pela Unipampa e especialista em Violência Intrafamiliar e Comunicação Não Violenta pela PUC. É mestre em Ciências Sociais e coordenadora da ONG Girassol, Amigos na Diversidade.
- Rafa Ella Brites: Estudante de Ciência Política na Unipampa, é militante no Engajamundo e Vote LGBTT, além de integrante da ONG Girassol e conselheira estadual LGBTT.
- Cassie Borderline: Dragqueen, cantora, compositora e rapper. Estudante de Cinema e Audiovisual, diretora de videoclipes e audiovisual em geral.

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